Com maior popularidade nos Estados Unidos e continente
europeu, Nail Art é um conceito estético e artístico no ramo de
manicure, direcionado ao design das
unhas.
No exterior, com o uso de técnicas e recursos
específicos, foram introduzidos conceitos e tendências de moda, mas Tókio se
destaca com suas criações diferentes e originais. Como sinônimos de
criatividade e perfeccionismo, as japonesas transformam a manicure artística em
verdadeiras obras estéticas, utilizando decorações 3D e pinturas à mão. As
brasileiras, por sua vez, preferem traços delicados e discretos, afirmam os
especialistas.
Tradução do artigo The Illustrated History of Nail Art, de Gloria Chang para o site Refinery29. Algumas edições de trechos e observações foram adicionadas, para um texto mais coeso e coerente. Créditos de imagens reservados à Refinery29. |
Na próxima vez que retirar um frasco com esmalte do seu
armário, pense sobre como pessoas desenvolveram o mesmo ritual, há exatos 7.000
anos! Isso mesmo. A história do esmalte - ou Nail Art, para ser exata... Leia e verá - é longa, cheia de altos e
baixos, jóias preciosas, ideais vitorianos, momentos de descoberta e lacunas
sem inspirações.
Viajamos através da história, para melhor entendermos essa
querida prática de decoração, que atravessa gerações e continentes. Aparentemente,
não somos os únicos a enfeitar nossas unhas. Apresentando: A História Ilustrada
das Unhas Artísticas!
• 5000 a.C.: Embora
a origem exata dos cuidados com unhas seja desconhecida, muitas fontes dizem
ter início na Índia. As indianas tingiam suas mãos com hena - a prática
continua nos dias atuais.
Obs.:
No
Egito, entre os anos 3000 - 4000 a.C., cientistas descobriram que as múmias tinham suas mãos decoradas com hena, também.
• 3000 a.C.: Os chineses criaram uma fórmula complexa com goma arábica,
gelatina, cera de abelha, corantes vegetais e claras de ovos. Orquídeas e
pétalas de rosas trituradas ajudaram a produzir tons de rosa ao vermelho, mas a
aplicação nas unhas era demorada e, mesmo durante a noite, para produzir um
efeito, devidamente, pigmentado.
• 600 a.C.: Na China, durante a Dinastia Zhou, aristocratas preferiam
exibir longas unhas douradas ou prateadas. Ponteiras cravadas de jóias preciosas
protegiam as unhas, sendo um símbolo de riqueza.
Obs.: Na dinastia Tang - 618 a 907 a. C. -, a princesa Yang Kwei-fei tinha o hábito de pigmentar suas unhas.
• 0 - 1800 d.C.: Por um longo período, durante a Idade Média, manicure
era considerada, mais ou menos, uma coisa do passado. De fato, a Idade das
Trevas! Durante a Renascença, a antiga tradição de cuidados foi,
finalmente, retomada por mulheres europeias ricas - embora, evitassem qualquer
pigmento. No entanto, houve um momento brilhante nessa época... No século XV,
há oceanos de distância, os Incas inventaram as “unhas artísticas” que
conhecemos - decoravam suas unhas com imagens distorcidas de águias.
• 1800 - 1900: A manicure é popular, novamente. Durante a era vitoriana,
eram usados tratamentos simples com base em óleos claros, de tonalidade
avermelhada, acompanhado por polimentos com camurça. Esse tratamento
minimalista foi, em parte, devido aos ideais vitorianos de beleza interior,
higiene física e pureza moral. Guias de etiqueta recomendavam, apenas, suco de
limão ou vinagre para clarear as pontas das unhas, enquanto o mais famoso
romance de Flaubert - Madame Bovary, em 1856 -, descreveu as unhas de Emma
Bovary como “o marfim, mais claro e limpo”.
• 1920: Foram
as, irreverentes, mulheres melindrosas que, desfrutando de novas atitudes,
revigoraram a cena da nail art com o clássico vermelho, assim como a
manicure em meia-lua.
• 1930: Em
1932, Revlon desenvolve um esmalte especial, diferente de todos os que existiam
- uma opção mais acessível e econômica para estar em voga, durante a Grande Depressão.
O esmalte, como conhecemos, surgiu nessa época, devido a um novo conceito - substituir
a pigmentação nas unhas, por vernizes com cores sólidas. Uma ideia
revolucionária, inspirada em tinturas automotivas, pela maquiadora francesa
Michelle Menard, desenvolvida por Charles e Joseph Revson, juntamente com um
químico, Charles Lachman.
• 1930 - 1950: Em 1934, surgiu o primeiro conjunto de unhas postiças, criado
pelo dentista Maxwell Lappe, para pacientes que ruíam as unhas. Em 1955, após
tentar consertar uma unha quebrada com acrílico, Frederick Slack - outro
dentista -, acidentalmente, inventou as chamadas extensões acrílicas para
unhas.
• 1960: Unhas
em tons pastel eram populares entre os jovens, nos anos 60. Atrizes como Farrah
Fawcett e Goldie Hawn, combinavam as cores dos esmaltes com os olhos - e cabelos! -,
as tornando mais naturais.
• 1970: A
prática de aplicar longas unhas postiças se propaga. Para corresponder à
demanda por manicure especializada, aumenta o número de salões abertos. Em
1976, a unha artística mais conhecida entre as ocupadas estrelas de Hollywood,
é criada pelo norte-americano Jeff Pink: A Francesinha.
• 1980: As
cores ousadas, características na moda oitentista, eram tendência para as
unhas... Uma sucessão multicolorida de esmaltes foi disponibilizada, desde amarelo
néon, à fúcsia cintilante e azul fluorescente.
• 1990: O
minimalismo trouxe cores tradicionais, como vermelho, nude e rosa, de volta à
moda. Também, os fãs de grunge se destacaram com seus esmaltes pretos,
propositalmente, manchados e lascados.
• 2000: Com
texturas modernas, brilhos e enfeites, os recursos na manicure
artística evoluíram para técnicas apuradas. O interesse por nail arts tem crescido, assim como o
mercado comercial de esmaltes. A manicure artística compõe o vestuário, proporcionando
decorações, cada vez mais, complexas. Inovações no campo tecnológico das unhas
continuaram com a criação de uma fórmula especial, chamada Shellac - primeiro
esmalte em gel, com durabilidade superior e à prova de manchas - e a utilização
de argila plástica - popularmente, conhecida como FIMO ou Polymer Clay, em inglês. Por décadas, a prática “Do It Yourself” reinou entre
entusiastas das unhas, frequentando salões e experimentando uma miríade em
ilustrações e efeitos caseiros.
Ora, quem diria? A história
por trás da manicure artística é mais interessante e complexa, do que
imaginávamos. O hábito de pigmentar as unhas transcende gerações e continentes,
estando presente em vários momentos históricos. A tendência Candy Colors atual precede o conceito de
moda, presente nos anos 60, bem como efeitos e cores vibrantes, precedem o
conceito de moda oitentista, abrangendo o design de unhas, também. Embora, as manicures artísticas em meia-lua e “a
francesinha” tenham surgido em outras décadas, estão presentes nos dias atuais,
mesmo com todo o avanço tecnológico. Portanto, em termos de moda e seu entendimento,
concluímos que nada se cria... Tudo se recicla!
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ResponderExcluirVendo as nail art de 5000 antes de Cristo, pra mim eles eram dislexicos HSUIAHUISHAUIHSUIH brincadeiras á parte.
ResponderExcluirEu amo minhas mãos e nunca fui de fazer muitas estravagancias de Nail art mas quando for pro Japão, kirida, vou querer aquelas unhas maravilhosas cheia de blingblings.
Prosperidade!
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������ Sim! Mas, faz parte da cultura indiana.
ExcluirOlha, eu não costumo extravasar em Nail Art, também. Tenho preguiça... Porém, faço das suas, as minhas palavras e AMÉM!
É um prazer te conhecer e seja bem-vinda ao Necro Side.